No dia 16 de outubro de 1907, nascia Zezé Moreira

Alfredo Moreira Júnior, mais conhecido como Zezé Moreira, nasceu em Miracema, Município do Noroeste Fluminense, no dia 16 de outubro de 1907. Irmão de Aymoré e Ayrton Moreira, Zezé era o mais velho e foi pioneiro na profissão – tanto na família, sendo o primeiro dos três a virar técnico de futebol, quanto nacionalmente, pois introduziu um novo sistema tático, a marcação por zona, hoje muito utilizada. Nesse sentido, em seu currículo, se destaca, principalmente, a utilização do esquema 4-3-3.

É um fato, no entanto, que Zezé era um verdadeiro colecionador de títulos. Responsável por 16 títulos nacionais e o Mundial de 1952, sua trajetória no Fluminense durou oito anos, contabilizando 474 jogos sob seu comando, sendo o técnico que mais dirigiu o time. Nesse período, o Tricolor tinha uma defesa imbatível, com as contribuições milagrosas de Castilho, e da novidade da setorização das marcações. Concomitantemente, enquanto os marcadores faziam seu trabalho, seu discípulo Telê Santana, sob o apelido “Fio da Esperança”, aproveitava as brechas para fazer gols e levar o Fluminense à vitória. Essa era a receita do sucesso de Zezé e o que o fez quebrar o jejum de títulos do clube em 1951, ao conquistar o Campeonato Carioca.

Para além das Laranjeiras, Zezé também foi muito importante para a Seleção Brasileira. Sua participação como técnico ocorreu entre 1952 e 1955, onde teve o privilégio de acompanhar o primeiro título no Pan-Americano de 1952, no Chile. Naquele ano, Zezé Moreira estava substituindo Flávio Costa, técnico na Copa do Mundo de 1950, e aproveitou para realizar inúmeras inovações táticas no time, como era de costume nos clubes que passava.

Também foi técnico na Copa do Mundo de 1954, quando o Brasil estreou o uniforme canarinho. Um mestre tático, grande técnico do Fluminense, da Seleção Brasileira e de outros times cariocas, Zezé Moreira deixou seu legado para o futebol nacional e será eternamente lembrado por suas contribuições. No dia 10 de abril de 1988, quando faleceu aos 90 anos, Telê Santana deixou seu recado “Ao mestre com carinho”, e o Tricolor o acompanhou até o último momento, com seu escudo o protegendo.

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Texto: Flu-Memória
Fotos: Flu-Memória