Sweet Tooth: 6 curiosidades inesperadas sobre a série do momento

Uma das séries de maior sucesso da Netflix, Sweet Tooth conquistou a crítica e a audiência com a história de um jovem menino híbrido de humano com cervo. Mas a fantasia que engloba a história de Sweet Tooth é permeada de assuntos importantes e mais contemporâneos do que os criadores da série poderiam imaginar.

1. A série é baseada em quadrinhos da DC

A série é uma adaptação da série de HQs Sweet Tooth, escrita por Jeff Lemire e publicada pelo selo Vertigo da DC. A trama se passa em um mundo pós apocalíptico no qual grande parte da humanidade foi morta pela pandemia de um vírus que ficou conhecido como Flagelo. Neste mesmo período, contudo, algumas crianças começaram a nascer como híbridos de humanos e animais, sem explicação.

Cerca de 10 anos depois do início da pandemia, o vírus ainda existe e um perigoso grupo de humanos acredita que a culpa pode ser dos híbridos, passando a caçar essas crianças. Em busca de encontrar sua mãe, o jovem Gus, híbrido de humano com cervo, vai acabar descobrindo que pode ter um papel bem maior em todo esse contexto.

2. Robert Downey Jr. é um dos produtores da série

Sweet Tooth | De HQ da DC Comics a série da Netflix

Nosso eterno Homem de Ferro Robert Downey Jr. e sua esposa, a escritora Susan Downey, são os produtores de Sweet Tooth. Em entrevista recente, o casal falou sobre o que os motivou a trabalhar na adaptação da história.

Adoramos encontrar histórias que podemos assistir com os nossos filhos ou que podemos recomendar às nossas mães, ou seja, esse tipo de entretenimento que agrada todas as idades. Essa história tem elem…

“Adoramos encontrar histórias que podemos assistir com os nossos filhos ou que podemos recomendar às nossas mães, ou seja, esse tipo de entretenimento que agrada todas as idades. Essa história tem elementos muito reais, e o mundo que criamos é muito interessante”, afirmou Susan.

Downey Jr. também destacou os personagens:

“Sempre deixo tudo nas mãos de Susan, para garantir que a história seja realista e que os personagens sejam incríveis. Esta série tem grandes elementos para chamar atenção, mas também tem personagens interessantes, que fazem o público torcer para eles.”

3. Sweet Tooth quase foi um problema para a Netflix

As cenas que envolvem a pandemia na série parecem extremamente familiares para os espectadores, que vivem uma pandemia real há mais de um ano. Máscaras, protetores de rosto, sintomas similares aos de uma gripe, hospitais lotados, pânico e a incessante busca por uma cura. Infelizmente parece familiar, não é mesmo? Contudo, a pandemia da série não foi baseada na pandemia do coronavírus.

As HQs em que a série se baseia começaram a ser publicadas em 2009. E as gravações da série tiveram início em 2019. Com o início da pandemia do coronavírus, contudo, as gravações chegaram a ser interrompidas, e tanto o streaming quanto os criadores do programa se preocuparam com a recepção que os episódios poderiam ter.

Em entrevista a ComicBook.com, o showrunner Jim Mickle falou sobre os primeiros episódios da série, que já tem início com a abordagem da pandemia.

“Sempre foi o plano (começar a série dessa maneira) porque filmamos isso em 2019. Então, o primeiro episódio estava pronto bem antes dessa atual pandemia. […] Eu acho que sempre há essa preocupação de que as pessoas podem pular um pequeno pedaço da série e perder tudo o que vem depois. Porque na verdade isso é apenas o trampolim para lançar em uma história muito mais rica.”

4. As HQs são mais assustadoras que a série

Algumas das inspirações de Lemire para a criação da história de Sweet Tooth e seus personagens foram HQs como Scout: War Shaman, de Tim Truman, e The Punisher: The End, de Garth Ennis. A adaptação da Netflix traz sim certa violência e cenas que deixam o espectador refletindo sobre ética, humanidade e bem comum. Vale dizer, por exemplo, que as providências tomadas quando se descobre que alguém próximo tem o chamado Flagelo (a doença) se aproxima bem mais do que é feito em séries e filmes de zumbis do que o que vimos com a pandemia do coronavírus.

Contudo, a Netflix parece ter escolhido um caminho que amenizou um pouco esse peso do tema com uma estética mais, digamos, fofa. a violência está lá, os temas éticos também. Mas o traço das HQs dá um certo ar macabro aos personagens. Enquanto na série, Gus conta com toda a beleza estética e o ar de inocência do ator Christian Convery. Embora tenha apenas 11 anos, o jovem ator já integrou o elenco de produções como Querido Menino, Venom, Os Descendentes e Brincando com Fogo.

5. O autor já escreveu para DC, Marvel, Image Comics, Dark Horse e Valiant

Se você está achando o nome de Jeff Lemire ligeiramente familiar é porque provavelmente já conferiu um de seus muito trabalhos no universo dos quadrinhos. Além de Sweet Tooth, os trabalhos de Lemire para a DC incluem Superboy, Liga da Justiça Sombria, Arqueiro Verde e Animal Man.

Mas o quadrinista também já trabalhou para outras grandes empresas de HQs. Na Marvel, ele escreveu Extraordinary X-Men, Moon Knight, All-New Hawkeye e Old Man Logan. Para a Dark Horse, assinou o Black Hammer. Já para a Image Comics, trabalhou em Desender e Plutona. E assinou a Bloodshot Reborn para a Valiant.

6. Em nome do realismo

A caracterização dos personagens era um ponto extremamente importante para a série. Inspirados nos trabalhos de Jim Henson, criador e manipulador dos bonecos Muppets, a produção de Sweet Tooth decidiu usar bonecos e animatronics em vez de CGI, os conhecidos efeitos especiais de computador.

Os bebês híbridos são bonecos. O híbrido Bobby é um robô. E as orelhas de Gus são reais e funcionais, com seus movimentos controlados pelo titereiro Grant Lehmann. Para manter a sensação de realismo, inclusive, Lehmann acompanhava o ator Christian Convery por todo o set, para manipular suas orelhas em tempo real de acordo com a cena e as reações o personagem, evitando quaisquer mínimos atrasos de imagem que poderiam acontecer caso ele tentasse controlar apenas assistindo pelo monitor.

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