POR TRÁS DA BASE – SUPERVISÃO DE FUTEBOL
A série de matérias que contam os detalhes do trabalho realizado nas categorias de base do Botafogo chega ao seu 5º e final episódio. Nesta reportagem, o atual coordenador geral da base alvinegra, Matheus Rodrigues, descreve o trabalho feito por um supervisor de futebol. Digamos que toda categoria, inclusive a equipe profissional, possui um funcionário que o "ponto focal", responsável pela organização geral do time, alinhamento de demandas entre comissão técnica e diretoria e demais obrigações com as federações. Estas e diversas outras funções são encarregadas aos supervisores.
Matheus foi supervisor de outubro de 2017 até março deste ano, quando assumiu o cargo atual e se tornou coordenador dos supervisores base do Fogão. Ele explica que a função que ocupou por cerca de quatro anos e meio tem como responsabilidade maior fornecer informações, suporte operacional e construção e execução de procedimentos internos aos demais colaboradores do clube. Assim, a principal missão é, através de uma comunicação clara e objetiva, sanar os eventuais problemas que cercam as categorias de formação do Botafogo.
"Assim como toda as relações humanas, o convívio com os jovens atletas nos leva a aprender e ensinar diariamente. Com o mundo em constante transformação, nos deparamos atualmente com uma nova geração de crianças e adolescentes com diversos tipos de inteligência aguçados. Digamos que hoje, a linguagem falada no mundo (redes sociais, memes, tecnologia…), são eles que dominam. Nossa grande missão, junto a isso, será justamente fornecer ferramentas para que eles possam continuar escrevendo a história", comentou o profissional formado em Educação Física pela UFRJ em 2016, pós-graduado em Treinamento de Força no Esporte, também pela UFRJ, em 2017 e que, além disso, concluiu o curso de Gestão no Futebol da CBF Academy em 2018.
No Botafogo desde fevereiro de 2017, Matheus considera que os supervisores são os facilitadores das comissões técnicas. Isso porque eles filtram as influências externas, que permeiam as equipes, e dão o máximo para que os dados cheguem o mais objetivamente possível para as decisões de dentro de campo. Das grandes responsabilidades de um supervisor de futebol, de acordo com ele, se pode destacar o de manter os setores comuns ao máximo conectados, seja a nível de informação de um atleta que está em tratamento no departamento médico ou criando estratégias para se desenvolver um ambiente leve e produtivo no dia a dia (relação interpessoal e trabalho em equipe).
"Cabe ao supervisor, quando identificado como responsável por uma categoria, mapear toda a gama de jogos, amistosos, treinos e folgas das equipes, além de imprevistos não calculados, e centralizar a conciliação das diferentes agendas, antes de comunicar à comissão técnica recomendações de possíveis adaptações e alterações, que, quando definidas em conjunto, são levadas ao setor administrativo do clube, responsável por coordenar com os órgãos organizadores das devidas competições as alterações necessárias", analisou o coordenador geral de 28 anos de idade.
Por fim, Matheus conta que ao iniciar a trajetória profissional como um supervisor de futebol, grandes responsabilidades são empregadas. "A inscrição de uma equipe em uma competição, a convocação de atletas para um jogo e o detalhamento na logística de uma viagem aérea são algumas das demandas sensíveis que vão exigir bastante atenção para o bom desempenho de todo o trabalho da categoria. Assim, a formação acadêmica de um supervisor fornece subsídios para uma leitura global das ações no dia a dia de trabalho. A experiência prática de execução dessas tarefas é o que os faz desenvolver e amadurecer o ferramental para os desafios seguintes", concluiu.
Assessoria de Comunicação
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